Inércia
O abismo vertigem,
o eco estrondo,
o pulo sinistro destroça os ombros,
escombros vividos à sombra do mundo.
No peito sinistro
impacto profundo,
corpo moribundo,
pulverizado,
incinerado.
Cinzas jogadas ao mar.
Amada vermelhidão,
olhos negros, impuro coração,
sanções concedo aos miseráveis.
Culhões eu tenho, são pouco amáveis.
Incansáveis miolos
teimam em fritar,
fitam os olhos incultos:
os medrosos não pensam
sentam pra pensar.