Os 22 Arcanos

O Mago da natureza

exibe em forma de jogo,

repousados sobre a mesa,

terra, água, ar e fogo.

A influente Sacerdotiza,

símbolo da imortalidade,

dá à alma que agoniza,

a paz da espiritualidade.

Imperatriz e Imperador

que educam nobres herdeiros,

mostram que a fome e a dor

são sofrimentos passageiros.

Oh, sábio Sumo Sacerdote,

grande voz do conhecimento,

antes que o mal nos derrote,

dá-nos luz e discernimento!

O jovem Enamorado

que corta o laço materno,

busca o amor açorado

para que seja eterno.

O Carro conduz, na verdade,

a vontade de seu condutor,

seu destino é a liberdade

seu desejo, o libertador.

A Justiça nos faz entender

que no peso de cada ação,

a balança deve pender

para o lado da razão.

O Ermitão se isola do mundo

para rever o seu próprio eu,

e num mergulho profundo

percebe o que não percebeu.

A Roda da Fortuna gira

como um ser em evolução,

que do passado retira

a herança da geração.

A Força dos nossos instintos

que nos faz agir sem pensar,

é caminho de labirintos

sem saída para encontrar.

O Enforcado nos aponta

o sentido da iniciação,

é quando a fé se confronta

com a grande transição.

A Morte nos faz renascer

com a purificação do fogo,

pois, das cinzas vamos crescer

para a nova etapa do jogo.

A Temperança realizadora,

é a força da purificação,

a alquimia que sintetiza

o poder da transformação.

O Diabo traz o oculto,

que perturba a nossa mente,

para um confronto adulto

com o que nos faz impotente.

A Torre destrói padrões,

quebra a estrutura do ser,

rompe com as relações,

para voltar a crescer.

A Estrela é inspiração,

é toda leveza do amor,

é o espírito em ascensão,

é a vida com esplendor.

A Lua nos faz mergulhar

nas profundezas da dor,

e descobrir ao chorar

a nossa força interior.

O Sol ilumina os caminhos,

da jornada espiritual,

na qual não estamos sozinhos,

como num grande ritual.

O Julgamento é necessário

no confronto de valores,

pois, senão, do contrário,

de nada valeram as dores.

O Mundo é o fim da jornada

que une os lados distantes,

é a premiação almejada,

o fim da busca incessante.

O Louco segue adiante,

na sua eterna procura,

um cavaleiro errante,

movido pela aventura.

RSanchez - (30/4/2004 13:30:16)

PuraReflexao
Enviado por PuraReflexao em 29/11/2004
Código do texto: T321