Memórias de saudade

Ora, depois de tempos e tempos

num breve compasso de tempo, travessura da poesia saudade artimanha .

É, bem sei que o tempo passa não é mesmo querido?

Mas você hesita sempre aparecer nas minhas tardes calorosas de verão, com esse "ar" mimado tão normal, alisando meus cabelos suavemente como de costume.

Minha saudade é do tempo que se foi.

Minha saudade é de um deleite sem fim num suave apreço entrelaçado a teu corpo.

É menina!

Sonha.

Mas sonha real, suave, acalanto.

Não sonha mais passado, vive essa vida e toma doses de tequilas e lucidez, com gotas de sutileza, talvez de embriaguez e respira.

Respira forte.

Sente, absorva, encante.

A memória é inimiga da saudade,

e a saudade...

Ah a saudade,

essa persegue-me por todos os dias,

tão simples como teu único cheiro e jeito de alisar calmamente meus cabelos; como esse maldito ronco barulhento do teu carro, atormentando-me por onde passo, e cheiros repentinos sem fermatas e tempos avisados.

Tu chegas, me beija a testa,

me toca com um simples brilho de olhar e apenas tão simples dizes "tchau". E ingenuamente, sempre, eu a espera de tua volta crua.

Marinara Sena

22:29pm

09/09/11

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 09/09/2011
Reeditado em 03/10/2012
Código do texto: T3210615
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