Da Bigorna do Poeta

Da Bigorna do Poeta

Somos a forja, onde ao fogo, com martelo

Batemos qual ferreiro na bigorna

As palavras que na amplidão do prelo

Jóia esplêndida, que um dia nos retorna

Pela verdade, justiça e o direito

Na luz que espargimos às mãos cheias

Qual labareda que irrompe no peito

E, cingindo as almas, percorre as veias

Como a alma na bigorna é moldada

Nas estrofes levamos nossa inspiração

Ao mundo de geração desregrada

Iluminando de luz seu coração

Da bigorna do poeta, nascem rios

Crescem flores, nascem amores sem-fim

Idéias brotam histórias, forjam brios

A *trescalar olores, qual serafim

Luz da aurora a brilhar no horizonte

Enchendo o céu de cânticos afins

Planícies, mares, rios e montes

As flores do campo e dos jardins

Cumpre-nos lapidar a pedra bruta

Burilando faceta, por faceta

A bigorna é a mãe substituta

Onde forja a palavra do poeta !

Porangaba, 13/09/2011

Armando A. C. Garcia

Visite meu Blog: http://brisadapoesia.blogspot.com

*exalar cheiro forte