Ti fiz a lápis

Tu és a beleza mais natural de todas as belezas,

Até pedi licença pra Deus pela tua criação,

Lhe pedi um pouco de sua inspiração divina,

Um pouco de sua santificada ternura,

Até a meiguice de seu olhar santificado, pedi.

Tudo isto para te fazer a beleza que és.

E fiz, tu és linda, diria... és perfeita.

Pedi a cor da noite para pintar teus cabelos,

Do mais lindo por do sol já visto, dele tirei

A cor macia de tua pele em matizes angelicais.

Da mais perfumada flor do campo tirei o perfume

Te dei. As outras flores de invejaram, choraram até.

Das ninfas tirei a forma do teu corpo maravilhoso,

Belas e suaves curvas em harmonia com o universo.

Tua voz, a mais linda do mundo, nenhuma igual

Afinal tirei-a do canto do uirapuru.

Teus olhos dois pedacinhos que tirei do céu

Com a permissão do Criador, ele estava curioso

Para ver tanta beleza, Quando finalmente, te vimos,

Tu ficaste, realmente, a poesia maia perfeita.

Uau! Um grito de exclamação de Deus.

Ah! o tempo! Esse tempo que te fez crescer!

Essa vida que te ensinou a não ser...

Te viste, te admiraste. te orgulhaste

Começaste a te fazer bem mais por tua vontade

Teu orgulho nasceu de te, Tu mesma o criaste.

Ficaste mesquinha com teu incoerente pensar.

Tua vaidade foi tanta que até querias

Nem mais pisar no chão, como se fosses única

Minha criação não estava mais perfeita,

Nos enganaste, a mim e a Deus e Ele me repreendeu.

Tristeza minha, te fiz a mais perfeita poesia,

Poesia que o próprio universo se orgulhou de proteger

E guardar, fiz com que as flores te invejassem... mas

Vê bem, deixaste de ser minha mais bela poesia,

Orgulho, vaidade essas coisas não te dei.

Por tanto vou te apagar... te fiz a lápis.

Pronto... que ninguém lembre tua existência.

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jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 14/09/2011
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