Menina de sorte...

Não chores, menina

Nem fiques aflita

Não vês que tu tens

Uma sorte bendita?

Prendeste o poeta

Num laço de fita.

Não chames a tristeza

Porque tens beleza

És pura, és linda

Aos olhos do poeta

E tuas madeixas o

Encantam e fascinam...

Desperta , ó menina!

A beleza não é infinita

Prendeste o poeta

Num laço de fita.

Teus negros cabelos

Iluminam a noite

Na falta da Lua cheia

Enchem-te de orgulho

Menina fagueira, mas

Tens a teus pés uma

Alma que se embate

E se irrita porque está

Presa num laço de fita.

Menina, essa alma

Que ora prendeste

Lutou desesperada

Para soltar as amarras

E como não conseguiu

Deu-se por vencida

Agora não luta, nem

mais se irrita, assumiu

Que está presa num

Laço de fita...

(Texto inspirado em: O loço de fita, de Castro Alves)

Conceiçãosantos
Enviado por Conceiçãosantos em 18/09/2011
Código do texto: T3227448
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.