LIMÍTROFE

límpida e sem círculos

move-se a linha

- quase retilínea –

da forma

arqueando-se

ante o ser

escutando

palpitando

sua lenta frase

de ocaso e ascensão

margeia seus sonhos

com flores e orações

em árido brilho vela

o arquejar de sua mente e

a ansiedade de sua natureza

mas evita-o quando se rompe

o limítrofe – sem trégua –

da noite branca e suspirada

de seus amores.

São bravias e palmilhadas

de lentas ilusões, espumas

líquidas em pássaros enviados

ao ser – antes que forma, sua alma,

o êxtase do espírito que sonhou

uma eternidade.

Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 21/09/2011
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