contexto

Sei que as minhas palavras são poucas

e nem mesmo sei se minha ausência fará falta

pois sempre que fecho os olhos e abro novamente todos já se foram

eu não sei porque e me pergunto onde está e porque sempre foge de mim

sinto uma falta de algo que nem mesmo me convem

eu sofro em silencio deixando com que minhas lágrimas banhem meu corpo

me escondo do resto do mundo e quem eu quero está longe

tão distante e tão perto o que quero não me convém

mas eu quero apenas sentir o sol beijar levemente o meu rosto

voltar lá para dentro e sentir o mais terrível desgosto

pois me condenam por algo que não fiz e nem mesmo faço

eu durmo e comigo vai minha sentença de morte

eu não deixo com que sonhe pois assim sonhará comigo

assim como as palavras que escrevo não me soam bem

a tempestade que se aproxima é bem menor do que parece

ousa o vento nem mesmo soa e agora minha aniquilação sempre me persegue

não esquece não esquece das palavras tão bestas que lhe disseram

o sonho pode castigar aqueles que não o alcançam

e causar o que não consigo premeditar aqueles que o tem de mão beijada

deixo o meu pescoço livre para minha sentença e que minha cabeça seja esposta

ao meu que veja meu olhar assombroso e que com ele sinta o sabor da ignorância

eu não senti e nem vi como é ter uma infância

agora me submeto a palavras que não compreendo

terminando assim sem contexto.

Dekatria
Enviado por Dekatria em 22/09/2011
Código do texto: T3234352
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