O bom guerreiro

Quando surgem os primeiros raios de sol,

lá vai o homem trabalhador.

Nenhuma nuvem no céu,

sol forte e muito calor.

Homem corajoso e guerreiro,

meio caboclo, meio brejeiro,

meio trigueiro na cor.

Ele espera a ação do tempo

quando uma nuvem aparece,

um trovão no fim da tarde,

todo o chão estremece,

mas o vento leva tudo

e o céu volta a ser mudo.

A chuva não acontece.

Ele enfrenta a terra seca

empurrando o seu arado,

mas, o bom homem guerreiro

não se sente castigado.

Mais uma noite que cai

e para casa se vai

o bom guerreiro cansado.

Volta à roça no dia seguinte

chapéu de palha, chinelo no pé,

de ver a terra molhada

ele nunca perdeu a fé.

Ao seu santo faz uma prece

e logo a chuva aparece.

Ele também é José.

Helena Saraiva
Enviado por Helena Saraiva em 20/12/2006
Reeditado em 06/09/2009
Código do texto: T323463