O bom guerreiro
Quando surgem os primeiros raios de sol,
lá vai o homem trabalhador.
Nenhuma nuvem no céu,
sol forte e muito calor.
Homem corajoso e guerreiro,
meio caboclo, meio brejeiro,
meio trigueiro na cor.
Ele espera a ação do tempo
quando uma nuvem aparece,
um trovão no fim da tarde,
todo o chão estremece,
mas o vento leva tudo
e o céu volta a ser mudo.
A chuva não acontece.
Ele enfrenta a terra seca
empurrando o seu arado,
mas, o bom homem guerreiro
não se sente castigado.
Mais uma noite que cai
e para casa se vai
o bom guerreiro cansado.
Volta à roça no dia seguinte
chapéu de palha, chinelo no pé,
de ver a terra molhada
ele nunca perdeu a fé.
Ao seu santo faz uma prece
e logo a chuva aparece.
Ele também é José.