Sobre a esperança
Resta-me apenas
queimar de esperança.
Deitar sobre a grama
como quem espera
a voz de um anjo,
para afujentar
fantasmas e demônios.
Resta-me a velha fé,
serenidade e resignação
diante do irremediável.
Consertar o coração,
como um velho sapato,
e doravante seguir
renovando os passos.
Novos idiomas,
sabores e aromas
para experimentar.
O lume transcendente
das novas idéias.
O olhar absorto
diante da vida
e uma vida inteira
para refazer.
Thiago Cardoso Sepriano