Doce ou salgado de amar

O amor de hoje que é doce,

o amor de ontem que trouxe,

os seus cheiros pelo ar.

Um ar de encanto e alegria,

que em si inventa poesia,

no dia claro ou luar.

Um ar quente de ternura,

dose intensa de aventura,

com gosto de sal do mar.

Salgado sol e sabor

mistura o doce do amor

suor do corpo a brotar.

E o doce insano do amor,

se enreda em poros e cor,

vida na pele a vibrar.

Faz do delírio sutil,

entrega, nua e febril...

fluídos a libertar,

E os dedos livres passeiam,

os olhos sérios vagueiam...

nessa viagem de amar.

Calor brota em calafrio,

corrente forte de um rio,

não pode e não quer voltar.

E segue, reto adiante,

no belo efêmero instante,

que teima inteiro em voar.

O instante eterno, bonito,

será imenso, infinito...

no sempre de algum lembrar.

Num beijo, desejo puro,

passado, hoje e futuro,

fugaz lampejo a sonhar...

O sonho que chega e fica,

que em si jamais se explica...

o sal ou o doce de amar!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 25/09/2011
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T3240164
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