DISTÂNCIA
Há muito tempo, sim, que não te vejo,
Ficaram velhas todas as notícias...
Já não tenho mais afagos nem teus beijos,
Já não tens meus abraços e carícias.
Há muito tempo, sim, que não nos vemos,
Muito tempo faz meu corpo não te encontra.
Tanto tempo que nem sei mais o que faço,
E vago pelas ruas, meio tonta.
Se ainda te desejo? Ora! Não sejas tolo!
Bem sabes que isso é fato consumado...
Como ficar sem teu cheiro, teu agrado?
Como viver sem o gosto do teu beijo?
Responde se consegues sobreviver
Sem o calor de nossos corpos
Sôfregos de ardor...
Se suportas essa ausência e tédio,
Essa distância do nosso grande amor.
Não. Não me respondas nada,
Que eu já sei todas as tuas respostas, queixas,
Todos os teus conflitos e dilemas,
Toda tua ânsia de voltar pra mim.
O que esperas, então?
Anda! Vem logo.
Chega assim, de repente, inesperado.
Vem todo, inteiro e ardente como nunca.
Vem pra mim. Apenas isso. E nada mais.