hiato

O que é real nos apavora

Por isto inventamos os sonhos

Ainda que os façamos reais

Ainda que nos adoeçam e matem

Ainda assim temos verdadeiro pavor

A toda manifestação realmente real

Aquelas que nos fazem acordar os sentidos

Tão brutal e religiosamente adormecidos

Insistimos derradeiros em não sair do círculo

Nos prendemos aos órgãos baixos, tal doença

Sentimos medo em evoluir, não entendemos

A responsabilidade em enfrentarmos sozinhos

Já que não nos compreendemos ligados, procriamos

procriamos, e desenvolvemos uma inteligência fenomenal

Até de prender cordas ao infinito das nossas razões

Por tanto medo de nos esborracharmos no vazio, existencial!

Não contamos ainda com o aliado mais poderoso

O amor, talvez por sabermos da dor da perda

Assim caminhamos, chorosos e arrogantes

Pisando em falso, em busca de alguma panaceia!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 27/09/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3244157