um outro grito
Se queres mesmo saber, azar o meu se não és real
Afinal, nada nesta nossa pequena vida é deveras real
O que não é sonho pessoal e intransferível é sonho sonhado
por doentes da avareza ou do medo - à salvo raros casos!
Não entendo, deixo claro, não entendo, minha vista anda turva
Há muitas em mim, creia, nenhuma fotografia me fará jus, nem a ti
E fui contagiada pela doença mais desesperadora, câncer na alma
Um dos sintomas mais letais já possuo, a desconfiança!
E eu simplesmente não sei ou quero viver isto, não posso
Posso me curar e a brincadeira acabou se não há brincadeira
O que mais pode ser levado tão à sério, a cotação na bolsa de valores, o próximo lixo espacial a cair na terra nestes dias, ou a bunda na tv?
Profetas anteviram este espetáculo, a famosa babel, incompreensível
Céus! Só por isto sou louca, onde eu estivera durante todo o tempo?
Brincando de imortalidades, só pode ter sido mas, brincar não é mentir
não necessariamente então por favor amor, releve minha falta de jeito!