UMA ROTINA

Tu que chora sobre o cúmulo sórdido

A madrugada lamenta a morte

O clarão intenso desnutrido

Não deixa abraçar a sorte

ll

O tempo no ocaso me apavora

O castigo inadequado sem dor

As chamas arruínas em pólvoras

As almas choram em clamor

lll

Mais a ingratidão do tempo

Aos poucos me corroem

Rouba-me , deixa-me atormentado

Acasalado em lençóis dos ventos

lV

O tempo é uma estrada de ironia

Que viaja aos troncos da vida

Entre as montanhas que vivem o homem

Apenas os sábios ressuscitam

V

O homem é a essência da poesia

As vezes desconhece a dor

Mais o saber da filosofia

Que eterniza o grande amor

Francisco de Paula
Enviado por Francisco de Paula em 05/10/2011
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