UMA ROTINA
Tu que chora sobre o cúmulo sórdido
A madrugada lamenta a morte
O clarão intenso desnutrido
Não deixa abraçar a sorte
ll
O tempo no ocaso me apavora
O castigo inadequado sem dor
As chamas arruínas em pólvoras
As almas choram em clamor
lll
Mais a ingratidão do tempo
Aos poucos me corroem
Rouba-me , deixa-me atormentado
Acasalado em lençóis dos ventos
lV
O tempo é uma estrada de ironia
Que viaja aos troncos da vida
Entre as montanhas que vivem o homem
Apenas os sábios ressuscitam
V
O homem é a essência da poesia
As vezes desconhece a dor
Mais o saber da filosofia
Que eterniza o grande amor