POESIA, AZIA OU AZO.

Que a voz não cale e o canto cante,

quando em versos fale,

no louco agora; e pouco adiante,

na alegria ou no pranto,

se for esse o caso.

E sejam sinas ou um planger de sinos

o fazer poesia, azia ou azo.

Sejam vozes meninas

ou meninos olhos que a poesia chore,

mesmo em letras de ouro,

ou se a aurora no ocaso flore,

ou se o canto aflora, por mero acaso.