MAR AMAR.

Tão delicado é o teu aconchego

e tão macios os teus lábios.

Por onde eu vim,

bravias foram as tempestades,

e as auroras, roxas.

Trago no vento dos meus braços,

dos altos mares, a prata dos luares,

para arrepiar o farol bico dos teus seios

e a morna flor anseio dos sargaços,

na tarde porto das tuas coxas.

Me acaricias, brisa leve quando eu chego,

que adoeço com teu cheiro pronto de chamego

e me embebedo em luz, no céu dos teus cabelos.

Atravesso, sem lei, teus sete mares como um rei,

E, eu marinheiro tonto, adormeço nos teus braços.