Pobre cidade sem vida (Mendes, cidade Menina?)
Pobre cidade sem vida
Cheia de jovens na praça
A espera de algo novo
Da novidade que nunca chega.
Lá estão eles, os jovens
Sentados nos bancos da praça
Ocupando o tempo com o ócio
Entediando-se dos mesmos rostos.
Moças e rapazes vendo a vida passar
Sem vida pra viver, sem novos rostos pra ver
Horizontes que terminam na próxima esquina
Desejos miúdos como um baile funk no sábado à noite.
Também não há cinema, tão pouco teatro há
Livraria, alguns nunca estiveram
Também não há sonhos, não há futuro
Talvez haja esperança (os jovens), mas eles estão sentados nos bancos da praça.
Elano Ribeiro Baptista
Dezembro de 2006.