hipérbole
Mentes vagueiam entremeio loucuras e sanidades
Corpos sofrem, sentem, ressentem-se, fenecem
Iludidos sentamo-nos às sombras das maldades, das bondades
Escondemo-nos durante tanto tempo, não percebemos!
Cruel a diferença na distância, os pontos fugindo dos pontos
fixos, a quase irremediável perda do foco, o princípio guardado
a sete chaves, quando fatal expressão vem à mente enraizar-se
Coração partido, coração partido, partido, ido, dor, dor, dor!
A dor asfixiante da falta, da falha, da suspeita, da perda
O mormaço sufocante entre a liberdade e o delírio
As palavras machucam feito espadas fincadas em bucho
Os sorrisos perderam-se entre curvas e entroncamentos!
A vida não parece passar disto, sobreviver às bifurcações
Tão repetitivo todo ato, todo fato, todo fátuo
Por quanto ainda haverá insistência em ponderar o imponderável
Se toda moléstia é nascida em cativeiro!
O poeta diz ser infinito o amor, eu de cá vagueio, infinito
É isto, infinito, imortal, quer dizer amoral, atemporal ou não o é
é outra coisa, outro sentimento, algo como transformar pingos
em enxurrada, se bem que isto este sujeito - o amor - faz bem!