hipérbole

Mentes vagueiam entremeio loucuras e sanidades

Corpos sofrem, sentem, ressentem-se, fenecem

Iludidos sentamo-nos às sombras das maldades, das bondades

Escondemo-nos durante tanto tempo, não percebemos!

Cruel a diferença na distância, os pontos fugindo dos pontos

fixos, a quase irremediável perda do foco, o princípio guardado

a sete chaves, quando fatal expressão vem à mente enraizar-se

Coração partido, coração partido, partido, ido, dor, dor, dor!

A dor asfixiante da falta, da falha, da suspeita, da perda

O mormaço sufocante entre a liberdade e o delírio

As palavras machucam feito espadas fincadas em bucho

Os sorrisos perderam-se entre curvas e entroncamentos!

A vida não parece passar disto, sobreviver às bifurcações

Tão repetitivo todo ato, todo fato, todo fátuo

Por quanto ainda haverá insistência em ponderar o imponderável

Se toda moléstia é nascida em cativeiro!

O poeta diz ser infinito o amor, eu de cá vagueio, infinito

É isto, infinito, imortal, quer dizer amoral, atemporal ou não o é

é outra coisa, outro sentimento, algo como transformar pingos

em enxurrada, se bem que isto este sujeito - o amor - faz bem!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 17/10/2011
Reeditado em 20/01/2012
Código do texto: T3282584