Ninguém sabe do poeta o que vem

Quem é que sabe

Do poeta parado

Perambulando mundos

Revolvendo areias escaldantes de frases

Versejando o juízo em paz

Ali estaticamente em si mesmado

O astronauta passeia

Por vielas e margens de tombos

Se esborracha com a cara na água

Que enxágua os olhos de ver

Ninguém sabe do poeta o que vem

Que o poeta parado, estático

Não desiste de embelezar a humanidade

Com distorções reais, com verdades

Com encantos

Que só Deus sabe bem