O Muro das Lamentações.
Ó tu velho Portugal
Entre os “Heróis do Mar”
que agora chorais
a mendigar o pão,
que é um sustento
«Sagrado»
de teus filhos…
Primeiro bateste
com a mão no peito!
Depois a miragem de África.
Mais tarde, na revolução,
por cravos ficaste empanado
por uma política de economia
tenebrosa e enganosa
…ficaste empenhado,
dos pés à cabeça!
Embarcaste noutra justiça
que não funcionou…
Lavraste a terra,
nela cresceram edifícios!
No tempo da pilhagem
vês o templo derrubado,
numa réstia
de muro das lamentações.
Literas hoje pela história
do Rei Salomão,
onde os babilónios de ontem
saquearam os teus bens,
deixando o povo
sacrificado com impostos
e mais impostos…
És um muro das lamentações
que naufragas nos desgostos…
Se chegou a ti a democracia!?
Salva-te dessa azia! …
Pinhal Dias (Lahnip) – Amora / Portugal
10/10/2011