NOVA TELA, NOVAS LENTES
No divã olhando o nada e pensando na vida
como um pincel cheio de tinta frente ao papel,
sem saber o que pintar, totalmente perdida,
lembra das agruras dos dias e do gosto de fel.
Sentindo-se zonza nesse carrossel sem dono,
respira fundo e por momentos retrai.
Correntes quebradas, de volta ao sonho,
e com coragem para o mundo se vai.
A tela agora tens tons quentes,
a penumbra acabou, liberto está o coração.
O colorido da vida tem novas lentes
basta olhar com amor e tocar com as mãos.