Tardes Vazias

Com o coração dorido

Ainda a taça é uma ternura

Errante em minha mesa

Seu frescor borbulha

É oferta que delira

Embebedar de rosas

Sem romper prismas

Quentes de minha alma.

Em meio às camadas

De terra e de flores

Que ainda sobram

Na memória o cheiro

Das tardes vazias

Sem fantasias murchas

Que jogam no tempo do jamais

Que a alma vislumbra.

O arco-íris do vôo dos pássaros

Nesta realidade abre-se

Hoje em paralelas esquecidas

Nos afluentes (re) virados

Humana lida infértil

Que ainda vê brilhar

Safiras que lançam

Claridades que se impõem

Iára Pacini