sobre vivências

Amanhece o mundo humano

Amanhece à sua volta o mundo

Uma humanidade ávida por respostas e açucares

Uma turba sequiosa por atenção e bênçãos

Sustentam universos caóticos, cheios de tesão e tensão

Não se vive mais nada!

Deveria ser proibido nascer antes e depois da primavera

O tempo criado nas outras estações perturbam estes seres

Tão frágeis, criam carapaças para toda vida

Ainda há muita demência travestida em cuidados

E os olhos já abertos têm o medo por herança

Ninguém além deles mesmos os salvarão deste destino!

Aos sobreviventes das enfermarias o silêncio constrangedor

A longa fila entre quartéis e lojas de departamentos os aguarda

Mais uma peça a ser colocada no quebra-cabeças

Ai do que tomar o corredor errado, há uma guarda de prontidão

E muitas grades com promessas vãs de salvação

Nenhuma lei dará à peça o direito de escolher a própria estrada!

Ah! Estes pequenos seres azuis com suas almas congeladas

Nenhuma embarcação os livrará do terror, do vício

Nenhuma fé os levará ao alto da montanha, mentirão a si mesmos

Acreditarão serem verdades absolutas o passado e o futuro

Tantas enfermidades crias da angústia e do desmazelo condenam

ninhadas, por não compreenderem a alma humana, tão humana!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 21/10/2011
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T3290643