sobre vivências
Amanhece o mundo humano
Amanhece à sua volta o mundo
Uma humanidade ávida por respostas e açucares
Uma turba sequiosa por atenção e bênçãos
Sustentam universos caóticos, cheios de tesão e tensão
Não se vive mais nada!
Deveria ser proibido nascer antes e depois da primavera
O tempo criado nas outras estações perturbam estes seres
Tão frágeis, criam carapaças para toda vida
Ainda há muita demência travestida em cuidados
E os olhos já abertos têm o medo por herança
Ninguém além deles mesmos os salvarão deste destino!
Aos sobreviventes das enfermarias o silêncio constrangedor
A longa fila entre quartéis e lojas de departamentos os aguarda
Mais uma peça a ser colocada no quebra-cabeças
Ai do que tomar o corredor errado, há uma guarda de prontidão
E muitas grades com promessas vãs de salvação
Nenhuma lei dará à peça o direito de escolher a própria estrada!
Ah! Estes pequenos seres azuis com suas almas congeladas
Nenhuma embarcação os livrará do terror, do vício
Nenhuma fé os levará ao alto da montanha, mentirão a si mesmos
Acreditarão serem verdades absolutas o passado e o futuro
Tantas enfermidades crias da angústia e do desmazelo condenam
ninhadas, por não compreenderem a alma humana, tão humana!