Dia seguinte
Passos na madrugada,
ruas do nada,
poças de água refletem o céu cinzento que habita minha noite chuvosa.
Pingos de chuva,
horas sem tempo,
a todo momento meus pés no chão,
se me sustentam eu não sei,
o meu desejo talvez.
Sigo em frente,
talvez alguém me pergunte o que eu faço aqui.
Sigo só, o meu rumo não tem prumo,
não aparece ninguém e vou mais além.
O silêncio me acompanha,
o vento me dá a direção,
mas, sigo o meu coração,
só ele sabe onde tenho que chegar,
e me faz companhia nessa noite fria.
Passos na manhã,
cheguei ao dia seguinte,
dia claro,
e mais uma noite derrotada.
Tudo prá mim é simples e compreensível,
brilho do sol,
a todo momento meus pés me sustentam.
01.10.97