COMPULSÃO ALIMENTAR

Ai que fome lancinante!!

Que me surge nas entranhas

Deixa-me louco, arfante

De mim, nada ganhas

Ai que louca compulsão

Que toma meus pensamentos

Quero devorar como um leão

Que vive cheio de tormentos

Ai que fome tão selvagem

A correr-me o estômago vazio

Vejo ao longe uma miragem

E corro como um potro bravio

Essa fome me enlouquece

Atormenta-me o plexo solar

Qual o tipo e a espécie

Dessa fome tão sem lar?

Como e nunca sacio

A fome continua viva

É meu viver tão vazio

Que sente fome de vida

Essa fome tão ilusória

Não se preenche de comida

É fome de amor que chora

Pela alma gêmea perdida

Oh, fome tresloucada

Deixa-me viver em paz

Vai atrás de tua amada

E deixa-me para trás

Pois que o teu desejo

Não é o de comer ou degustar

Mas sim, clama pelo beijo

De um suave paladar.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 28/10/2011
Código do texto: T3303098
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