sobre catarses

Poeta é embrião fecundado pelo mundo

O feto não é um fingidor é um chorão

Estas almas têm alma e não podem mentir!

As vestes, palavras, outra pele outra nudez

Coreografia de dança interior, a poesia

É o poeta um lastro em sua própria embarcação!

O sangue limpo sujo nas veias, o compasso

Pudor a morar nos olhos do infante

Intestina os restos de rasgos em versos!

Despudorado coração, ainda lhe custe a razão

Abre peito fecundo cantando flores e amores

Lima a língua e se engana um mundo não se engana

Não pode, sabe-se nem princípio nem fim, o mote!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 28/10/2011
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3304086