sobre catarses
Poeta é embrião fecundado pelo mundo
O feto não é um fingidor é um chorão
Estas almas têm alma e não podem mentir!
As vestes, palavras, outra pele outra nudez
Coreografia de dança interior, a poesia
É o poeta um lastro em sua própria embarcação!
O sangue limpo sujo nas veias, o compasso
Pudor a morar nos olhos do infante
Intestina os restos de rasgos em versos!
Despudorado coração, ainda lhe custe a razão
Abre peito fecundo cantando flores e amores
Lima a língua e se engana um mundo não se engana
Não pode, sabe-se nem princípio nem fim, o mote!