SOU TUDO E NÃO SOU NADA

Nos recônditos de mim,

Os compartimentos secretos do ser que sou.

Descubro-me inteira, com essência e cor,

Pois a coragem que me alicerça,

O vento não levou.

Os versos ainda dedilham um canto,

Uma melodia, uma canção...

Sorvem o néctar das flores

E o gosto dos amores.

A alma alada viaja pelo eito das palavras,

No dorso da poesia.

E na estrada, agora tão vazia,

O amor ainda se faz, amainando dores.

Trago a sonoridade das cascatas.

Ainda sou a ave das campinas ao cair da tarde.

Galopo no caminho da mata densa,

E me embriago com o cheiro da terra molhada.

Sou tudo e não sou nada!

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 02/11/2011
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