NUM DIA DE CHUVA INTENSA

As nuvens, em mau presságio,

anunciaram-se pela manhã,

lá onde o horizonte é dado ao

rio, e de negrume era a sua

ostentação, que nos céus se

reflectiu e lá permaneceram.

Quando as nuvens convergiram,

umas nas outras, uma chuva

Intensa, cobriu montes e casas,

impedindo, ao olhar, mais

atento, que este descortina-se,

o que estava para além de si,

no seu cair desenfreadamente.

Pessoas e animais, correram a

abrigar-se, entre as árvores

próximas e os beirais dos prédios.

E nas vidraças, como se intensas

lágrimas, a chuva foi deixando

seu rastro, que no chão, foi

criando poças, para onde quer

que se passasse, na pressa de

chegar. E o rio, tornou-se, de fio a

pavio, caudaloso, com ondas

saindo de suas margens, inteiriças.

E agora, que é chegada, a distinta

noite, a chuva persiste, no seu

cair água, atapetando os jardins,

com os seus riachos artificiais.

E um som harmonioso, como cordas

de um piano, conduziram meus

dedos, através dos mais ilustres

versos, que, pela chuva, nasceram.

Jorge Humberto

02/11/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/11/2011
Código do texto: T3313325
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