2007
Régua e compasso de lado
para traçar um ano
novo
Fôlego de maratonista
sem expectativas
o real a engolir o ideal
o direito vencido pelo gauche
na vida
Acordado
já que o sono acabou
junto com o sonho
Abaixo os puristas
Despir a camisa-de-força
do senso comum
Ave a verdade lírica dos poetas
dos bêbados
dos loucos!
Dos humoristas:
ouça-a quem for capaz
no silêncio que ecoa
por entre as balas perdidas
A cidade sou eu
delícia sem dor não existe:
coragem para enfrentar
mais um novo ano
com milícias