A Madrugada dos Boêmios

No silêncio da madrugada

o barulho da escuridão.

Cantos de seus viventes

(violas e violões)

que amam na calada da noite

o grilo cricrila continuamente

tanto que esquece a razão

o galo rufla suas asas

como quem bate nas faces

de outro para acordá-lo

Ecos que retumbam

Aqui. Ali. Acolá

em um contínuo repassar.

o cão late quando Hécate passeia

Tantos sons pela madrugada

Canções que a tornam peculiar

Sinfonia que faz adormecer

A Noite é Vida

ou será a Morte

disfarçada

Boemia, tema de canção,

Veneno servido em taças de cristal

Que os românticos degustaram

Sem dar conta do vinho que saborearam.

Se eu pudesse trocaria as tardes pelas noites!

O vampiro tem que estar com a estaca no coração.

L.L. Bcena, 15/06/2000

POEMA 524 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 03/11/2011
Código do texto: T3315161
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