A COVA QUE ME CABE NESTE LATIFÚNDIO
05.11.2011.
 
 
Quero o refino de meus vazios
Já que o que tenho de verdade são os vazios!
 
Tergiversar um pouco desse mundo louco
Já que é nele onde pousam meus pés rasgados!
 
Atordoar meus companheiros insólitos
Já que são eles que me acompanham há 38 anos!
 
Quero a qualitativa de minhas futilidades
Já que humanamente fútil sou assim demasiado!
 
A determinação subscrita de minha suposta realidade
Já que são cotas negativas, não importa, me pertencem!
 
Quero o chão, o teto, as quatro paredes e uma janela de bônus!
 
Ao som de Chico Buarque e de repente Bebel Gilberto.
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 05/11/2011
Código do texto: T3318356
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