Guerra na terra do Aladim.

Era uma noite, em mim,

e no mundo,

era uma noite assim.

Passavam-se os tempos lentos do inverno.

Gélidos ventos como faca cortavam os dias.

Ventos da vida em seus vendavais sem fim.

Açoites, ventanias, verdugos ventos chibata.

As estrelas, feridas do céu, sangravam luz

E uma mulher nua, das lágrimas que caíam,

na Lua tecia, em sua almofada de cirros,

nos bilros, mil arabescos em fios de prata.

Sonhos de mil e uma noite chegando ao fim.

Soturna festa de artefatos e se fossem fogos

Uma fogueira inteira ardia ali sem artifícios,

Sendo as batatas de tal festa a carne humana.

A cidade milenar ruía, pedra sobre . . .

plim, plim.

Propaganda do dentifrício Pax.

A seguir assistam:

Os sóis do enxofre em chama.

Na terra do Aladim.