Inacabada

(Tereza Cristina Saraiva)

Pobre mortal eu sou

Que vivi diante do medo de viver

Respirei ares que idealizei

Sonhei os sonhos de alguém

Aprendiz da arte da alegria

Realidade tão fria

De me olhar todos os dias

E não me sentir como realmente queria

Espelho ingrato que não mente

As rugas que insistem aparecer

Deixando claro que já vivi tudo

Mas nada aprendi

Sou o erro dos acertos dos outros

Sonhos desfeitos jogados fora

Na alma a arma que apontei

Destruindo tudo que acreditei

Briguei, gritei e calei

Para ter paz e não consegui

Pois os erros que cometi

Não com alguém e sim a mim.

Escorreguei nas palavras

Apaguei sentimentos

Destruí pensamentos

Perdi os sonhos

Nos perdidos sonos

Para ficar acordada

Pensando o que poderia fazer

No que poderia mudar

Para que uma vez apenas

Pudesse ser feliz e mais nada.

Tekinha
Enviado por Tekinha em 30/12/2006
Código do texto: T332350
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