VINHO

Bebo o vinho da taça escura

Gosto de fel, sem doçura

Vinho acompanhado de solidão

Dividida em multidão

Triste amargura!

Bebo o vinho de preço elevado

Dentro em mim, revirado

Vento frio se estreita n’alma

Copos vários e calma

Suor relembrado.

Bebo o vinho seco, amargo

Suporto frios, retardo

Sobriedade que recorda

Alma partida, mórbida

Vivendo letargo.

Bebo o vinho, sangue clemente

Ebriedade consoladora, indecente

Êxtase forçado, constante

Visão dupla confortante

Espera somente.

Bebo o vinho do esquecimento

Revivo um fato, um momento

Olhar se perde no nada

Um calor que embriaga

Aquece relento.

LUCAS FERREIRA MG
Enviado por LUCAS FERREIRA MG em 08/11/2011
Código do texto: T3325097
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