A DÚVIDA DO POETA

Maria Luiza Bonini

Disse o fazedor de sonetos, prepotente

Quão para sonetar é importante

Saber calcular e usar a mente

Numa matemática constante

Tal qual um arquiteto em sua prancha

Desenhar com sólidos alicerces

Sem lágrimas que produzam manchas

Para aquele que o lê não desinterprete

Homem de pureza rude e alma de criança

Tocado por bons sentimentos e esperança

O poeta, cabisbaixo, reflete com ar de desdita

_ Que farei da inspiração, quando me toma?

_ Ditar normas a ela, seria a forma?

_ Ou emudecer o que nos dita, tal monja carmelita?

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São Paulo/Brasil

novembro/2011

Maria Luiza Bonini
Enviado por Maria Luiza Bonini em 09/11/2011
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