BOM DIA - 10/112011

Meu coração, minha mente,

Não se separam em mim,

Um pensa quando o outro sente,

Trabalham juntos, enfim.

E se acaso um poema eu faço,

A voz de ambos eu ouço,

Sem mente – fica um fracasso,

Sem coração – fica insosso.

Fazendo versos a esmo,

Tiro da mente um padrão,

Que só vira poema, mesmo,

Quando os molho na emoção.

Que não sejam dos melhores,

os versos são como os vinhos,

Ou como certos licores,

Vão viciando aos pouquinhos.

Eu mesmo sou dependente,

E a morrer disso, propício,

Meu coração, minha mente,

Não vivem sem este vício.

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 10/11/2011
Reeditado em 11/11/2011
Código do texto: T3327904