Poesia Egocêntrica

Oque será que há de errado comigo?

Já estou sozinho distante dos meus amigos,

Tenho um cérebro fértil, mas não consigo pensar.

E um coração imenso que não consegue amar.

Oque será?Oque será?

Estou dentro de o meu quarto á me perguntar.

Olho pro mundo e vejo tudo errado,

Ou será que estou sendo exagerado?

Vejo o amor esfriando,

Vejo a guerra chegando.

E você partindo, partindo pra longe, pra bem longe,

Longe do meu coração.

Se o mundo é assim como vejo,

Prefiro acreditar no mundo que desejo.

Se tudo é assim, se tudo é inverdade.

Prefiro fingir e viver na ingenuidade.

Deixei de viver a vida que queria,

Pra viver oque todo mundo queria.

Hoje aprendi e quero te ensinar.

Não deixe de nenhuma forma alguém te manipular.

E quantas vezes dediquei meu tempo a inimigos.

E esqueci de viver com meus amigos.

Quero deixar de lado todas essas questões sem nexo.

E desencadear ao mundo meu protesto.

Protesto contra tudo, inclusive contra mim,

Pois o que antes era bom agora é tão ruim.

E o que era ruim se transformou em coisa boa.

Não sei, mas acho que falo tudo isso a toa.

É que estou cansado de me sentir cansado,

E sem ter alguém do meu lado.

São frases que repito á todo momento,

Simplesmente porque são meus maiores pensamentos.

Pensamentos que às vezes me confundem,

Cheios de idéias que nem sempre se difundem.

Acho que estou ficando meio louco,

A rotina me matando pouco a pouco.

Ajudo todos que posso,

Mas ninguém vem me ajudar.

Sou como aquele padre

Que todos querem confessar.

Não sei se pro mundo eu aparento ser forte,

Só sei que para mim sou uma alma rumo à morte.

Sinto que vou morrer cedo, parece que é o destino,

Quem é mal morre velho e quem é bom tão pequenino.

Mas porque enxugar o choro dos outros?

Se com o meu ninguém se comove.

Por que animar-se com á vida

E sonhar que ela um dia se renove.

Se no fundo eu sei que é tudo utopia,

Sonhar com que amanhã tudo vire poesia.

É otimismo demais pensar que o amor

Um dia estampará as manchetes dos jornais.

E o que resta fazer?

Matar o último romântico,

Com as lágrimas envenenadas do último poeta.

E ignorar todo mal que acontece,

E fingir que ele não me afeta.

Há coisas que não são para serem respondidas,

É tudo mesmo assim, enigmas da vida.

E no que devo me afixar,

Se já não tenho uma luz pra me iluminar.

Em vez de solução,

A um acréscimo de problemas.

Em vez de soluções viáveis,

Há somente um aumento em meus dilemas.

Mas já é tarde pra tentar voltar atrás,

A oportunidade se passou e não voltará jamais.

Não consigo encarar minha cara no espelho,

E de pensar nisso tudo acho que vou ter um pesadelo.

E minha mãe já não pode me acalmar.

Sou crescido e tenho que me conformar.

O que será que está acontecendo comigo?

Estou ainda a me perguntar.

Acho que na verdade sei a resposta,

É que tenho medo de encarar.

Sou adulto e ao mesmo tempo criança,

E acho que isso irá me matar.

Mr Doug
Enviado por Mr Doug em 01/01/2007
Reeditado em 18/09/2009
Código do texto: T333740
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