De novo o poema / Filha da santa

DE NOVO O POEMA

Busco, para um poema, silêncio e solidão

Mas em ambos os espaços vazios

Nada encontro, nada vejo em tal amplidão

E a sensação de nulidade dá-me calafrios.

Inutilmente espero-o por um tempo farto

Porém, tolo que sou, não aprendia ainda

Que o poema vem de um espontâneo parto

E que a espera é vã, embora honrosa e linda.

Deixo então de tanto esperá-lo

E nesse momento, o ar de sua graça,

O poema dá e por mim ele passa.

Tento prendê-lo, mas cheia de calo

A minha mente sua fuga facilita

E ele ri um riso de fino artista.

Cícero – 16-12-09

FILHA DA SANTA

É tanto trabalho,

tanta lida

é tanta a diária labuta,

que, com razão,

dizem que a vida é filha da santa!

Cícero – 08-12-09

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 16/11/2011
Código do texto: T3339199
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