Como se fosse mais um

Como se fosse a ultima vez

Como se fosse o último dia

Como se você fosse o ultimo

Não compreendi

Perdi-me em mim mesmo

Tamanha complexidade justifica minha redundância

Tentei me expressar

Como projetar o que nunca foi sentido?

O que nunca foi presenciado

Ou até mesmo o que não está por vir.

Como entender que a passagem mais bela da vida é frustrante

Para o protagonista que logo virá a ser apenas coadjuvante?

Se tornar apenas mais um

Quem somos?

Para que somos?

Como não se bastasse inventamos o amor

E fomos mesquinhos

Poderia ser um pouquinho mais, quanta insatisfação!

Plenitude nunca há

Às vezes esquecemos que ao negar o próximo estamos negando a nós mesmos.

E mesmo assim nós sentimos os melhores.

Quanta irracionalidade!

Como dói ser traído por sua própria criação

Criei o meu mundo sem pensar que ele seria só meu

Que ele seria eu mesmo!

A lamina nunca atinge onde o seu braço não alcança

De fato a dor foi no peito

Nem posso dizer que foi traição

Faltou alguém!

Cada um cada um.

Se não fosse assim não seria eu, não existiria você

Não somos o que temos e, sim o que buscamos.

Plenitude nunca haverá jamais.

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 18/11/2011
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