Soneto Noturno

Dormir, dormir, dormir... A indiferença

De olhar o mundo como quem abdica

E soltar a alma na amplidão extensa,

Sonhando, sonhando, com a alma mais rica.

Dormir, sonhar, quem sabe? Não se explica

A louca intuição do ser que pensa.

A vida é sonho e dela nada fica,

A própria Natureza nos dispensa.

Basta fechar os olhos e construir

O real, na fuga vã das horas fluidas,

Na grande noite do grande intuir,

Pois após todas as canções perdidas

Basta dormir, dormir, dormir, dormir

E acordar pro sonho de outras vidas..

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 21/11/2011
Código do texto: T3349051
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