“A morte do encanto”

Descanso as armas, assumo a derrota.

Os laivos de sua presença se desvaneceram

Submersos ficaram nos vácuos da memória

No contexto das nuances opacas e frias

Onde só havia mazelas, garimpei virtudes.

Que ao longo do tempo virou encanto escasso

Gastou a eloqüência das palavras forjadas

E vagou a esmo aquela paixão prometida

O destino calou tuas andanças por mim

E sobre meus desejos, teu poder sucumbiu.

A casual incidência é lembrança corrosiva

Cuja lesão exposta arranha as entranhas

Abriguei a angústia numa fraca muralha

E no fio do crepúsculo, não vejo arrebol...

Glória Salles

27outubro 2009

21h25min

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A.

Glória Salless
Enviado por Glória Salless em 23/11/2011
Reeditado em 23/11/2011
Código do texto: T3352014
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