VOZ DO POETA

Quando a noite em meu leito

deixo meu pensamento voar

para este mundo obscuro

que tem o egoísmo como pleito

e o desamor como par...

Descompassado, o coração aflito

não consegue o amor encontrar.

Preso neste quarto escuro

sinto uma onda qual um grito

pedindo para o mundo escutar...

Mas o mundo parece satisfeito.

Já não mais sente a magia no ar,

caminha a esmo, sem futuro.

Sufoca-me na garganta o grito,

segue o mundo sua sordidez ocultar...

Será o poeta, dos seres o perfeito,

o que sente a magia e pode vislumbrar,

a voz tenha o som claro e puro.

E que seja poeta o eleito

para a humanidade aclamar.

Luis Carlos Mordegane

MORDEGANE
Enviado por MORDEGANE em 12/07/2005
Código do texto: T33525