Lascas

Nas linhas das mãos, encontro os acordes de um violão...

Filosofia, à parte?...Não!... Pensar é um dom, domesticado e explosivo.

E quem diz o que é traçado...mal interpretados.

Os versos são a magia de um caleidoscópio gigante... Diamantes, resgatados pelo tempo... Sempre em movimento.

E se o toque dedilha as estradas e escolhas tão finas... O que dizer das linhas ditas?... Mentiras?... Não!... Cada frase vem acompanhada de uma vontade... Resta saber com que dignidade...

Mas, quem é digno de algo, na verdade?...

Passear pelas frestas e ser muralha... Literária arte de envolver-se por inteiro... Ser, da poesia, fina arte de fazer meios... Pequenas lascas.

Ah!... Percorrer a face com a ponta dos dedos... Lançar aos céus o apelo do som... Ser faixa eterna... Zelo, em qualquer direção.

Perdi-me, nas linhas de uma orquestra... Sinfonia de batidas do peito meu.

Prendi-me nas cordas-bambas... Rasguei as veias das questões-ações... Penso nos conceitos que abarcam o filosofar em contrapartida... Partilha de luz e som.

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