Estranhezas da vida
Estranhezas da vida
Uma parede nua sorriu
Pra mim entre mistérios
Tantos segredos guardados
Naquela rua sem fim!
Juntaram-se todos os sons
Murmúrios em sinfonia
A cantar para a eternidade
Em noites plenas de serenatas.
E eu nesse meio tão sensata
Ouvindo o som das harpas
De prelúdios e mais sonatas
A vagar nessa noite de alaridos.
Olhei de volta à parede
Que me disse: estás imersa
És o esplendor do universo
Cercada de risos do tempo.
Da janela aberta escutei:
-Meu sonho mais lindo
Na grandeza do infinito
Nas estranhezas da vida.
Vany Campos