Ladra!
Preciso do silêncio
para não ouvir as angústias
enforcadas nas gargantas do desejo.
Como preciso!
Preciso de silêncio, sim!
para consolar palavras gemidas,
coladas por salivas,
da boca do meu medo!
Só por isso, guardo-me em segredo!
E, com a alma limpa, substanciada
pelo verdor dos anos que me escrevem a história,
chego de um lugar
onde o que vive ora
e, findo, chora
que eu acabei de roubar...
Canoas, 30 de novembro de 2011/RS