de mãos petrificadas

Não quero saber qual o caminho,

que me desencaminha. Sem o futuro

nas cartas das videntes ciganas,

masturbo as cores, que se querem virgens,

imaculadas, qual fado perene,

qual voz sem cordas, sem grito...

apenas os acordes dedilhados sem o cansaço

de mãos petrificadas,

anestesiadas as mãos que escrevem,

sem letras,

e quando as palavras se unem,

[pelo sopro da brisa tardia..]

regresso à janela, por onde

as nuvens entram, empurrando

algumas flores de amendoeira,

que esvoaçam como pássaros,

[ou borboletas magnificas...]

Tantas as minhas vidas, estranhas sensações,

estranhos os corpos que se movem

em labirintos abertos,

que se encontram emparedados

entre a noite e o dia,

...

e planto ilhas no fundo dos mares,

onde as habito,

assustando as baleias que se querem,

sossegos.

O Transversal

“La Folie.... Hey... Ya...!!!”

Nkisi
Enviado por Nkisi em 30/11/2011
Código do texto: T3364914
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