de mãos petrificadas
Não quero saber qual o caminho,
que me desencaminha. Sem o futuro
nas cartas das videntes ciganas,
…
masturbo as cores, que se querem virgens,
imaculadas, qual fado perene,
qual voz sem cordas, sem grito...
apenas os acordes dedilhados sem o cansaço
de mãos petrificadas,
…
anestesiadas as mãos que escrevem,
sem letras,
e quando as palavras se unem,
[pelo sopro da brisa tardia..]
regresso à janela, por onde
as nuvens entram, empurrando
algumas flores de amendoeira,
que esvoaçam como pássaros,
[ou borboletas magnificas...]
…
Tantas as minhas vidas, estranhas sensações,
estranhos os corpos que se movem
em labirintos abertos,
que se encontram emparedados
entre a noite e o dia,
...
e planto ilhas no fundo dos mares,
onde as habito,
assustando as baleias que se querem,
sossegos.
O Transversal
“La Folie.... Hey... Ya...!!!”