AIS
AIS
Há,
Nos vitrais
Do pensamento,
Imagens coloridas,
Corroídas
Muitas vezes pelo tempo...
Há
Sinais que não invento
Na história
Que marca a memória
Dos sentidos
Há
Mastros de Orgulho,
Tribais,
Como o entulho
Que embrulho
Na indiferença
Do silêncio povoado
Há
Castiçais
Que não acendo
No altar do inimigo...
Não me vendo
Aprendo
Sempre aprendo
Nas barbas a arder
De qualquer perigo!
Qualquer abraço
Pode ser fatal!
Não me exijam
Saltos mortais
Às vezes são demais
As teias a que me prendo...
Descendo
Mais um patamar
Do emaranhado de sinais
Que não entendo...
Descrendo
Das podres virtudes
De todos os tribunais...
Tribais
Virtuais
Patriarcais
Constitucionais
E outros palavrões
que tais...
Vou crescendo
Como crescem
Quase todos os mortais
Vivendo
Vivendo
Vivendo
Nunca é demais!