AIS

AIS

Há,

Nos vitrais

Do pensamento,

Imagens coloridas,

Corroídas

Muitas vezes pelo tempo...

Sinais que não invento

Na história

Que marca a memória

Dos sentidos

Mastros de Orgulho,

Tribais,

Como o entulho

Que embrulho

Na indiferença

Do silêncio povoado

Castiçais

Que não acendo

No altar do inimigo...

Não me vendo

Aprendo

Sempre aprendo

Nas barbas a arder

De qualquer perigo!

Qualquer abraço

Pode ser fatal!

Não me exijam

Saltos mortais

Às vezes são demais

As teias a que me prendo...

Descendo

Mais um patamar

Do emaranhado de sinais

Que não entendo...

Descrendo

Das podres virtudes

De todos os tribunais...

Tribais

Virtuais

Patriarcais

Constitucionais

E outros palavrões

que tais...

Vou crescendo

Como crescem

Quase todos os mortais

Vivendo

Vivendo

Vivendo

Nunca é demais!

ressoa
Enviado por ressoa em 13/07/2005
Código do texto: T33705