Senil criança
Onde foi parar a lentidão de épocas passadas?
Esses novos tempos têm carimbado em minha face
os seus pesares...
marca eterna do que já foi
e, agora, não mais convém ser.
O ontem sufoca,
maltrata esta criatura que lhe fala agora...
e sendo mais vidro que aço – quebro.
Passo por essa vida aos cacos...
perdendo,
deixando-me
pelo
caminho.
Entrego à luz da sorte partes de
um jovem coração já tão cansado.
É apenas uma alma idosa
tentando fixar residência em um corpo juvenil.