Claúdia

Não te esquecer...

Vem de um vinco adquirido,

Sem querer.

Não te esquecer...

Nasceu da necessidade do te ter,

Cismado da madrugada que te vi

E me senti aprisionado.

Nem pensei em ser amante,

Só era um transeunte

Olhando por ai.

Porém hoje, difícil negar...

Fechar os olhos pra tua candura!...

Ignorar a essência pura da alma da luz,

Deixar de lado uma boca que seduz,

Desaperceber a simplicidade maliciosa,

Que diz, que envolve de vida o mais decrépito dos corpos.

Seria ultrajar o sentido e tudo que é proibido.

Os verbos gentilmente cedidos,

Que desnorteiam qualquer razão,

Pra se vergar a febre da paixão,

Que leva o homem, se não viver a realidade,

Ter direito ao sonho, de desejar quem quiser.

De tudo que vi,

Não vou me iludir,

Bem sei da inconsistência,

Da incompatibilidade da beleza,

Da impossibilidade da idade.

No entanto, castigo maior,

Será deixar de evidenciar você...

Essa mulher, anjo da divindade.